30 de agosto de 2012
25 de agosto de 2012
"Queria não morrer de todo. Não o meu melhor. Que o melhor de mim
ficasse, já que sobre o além sou todo dúvidas. Queria deixar aqui neste
planeta não apenas um testemunho de minha passagem (...). Queria deixar
meu processo de pensamento, minha máquina
de pensar, a máquina que processa meu pensamento, meu pensar
transformado em máquinas objetivas, fora de mim, sobrevivendo a mim."
Feliz Aniversário (atrasado) ao meu poeta, Paulo Leminski.
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20 de agosto de 2012
Down by the Sally Gardens - William Butler Yeats
Há alguns meses descobri um poeta irlandês: William Butler Yeats. Uma deliciosa
descoberta. Encantei-me por um poema, em especial: “Down by the Sally
Gardens”. Nele, temos uma triste história de amor que não se realizou e
uma vida que passou despercebida: simplesmente passou. Recheado de
metáforas, o poeta reflete sobre o quanto a vida é efêmera, passageira, e
o quanto essa passagem pode ser dolorosa. O eu-lírico dialoga com seu
passado, vivendo um constante ir e vir. Ao voltar, delicia-se revendo
imagens. O presente, em contrapartida, é doloroso, triste e melancólico;
“and now am full of tears”.
Ao terminar o parágrafo acima, uma canção de outro grande poeta me
veio à cabeça: “alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz
no coração (…) mas pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de
tristeza, senão não se faz um samba, não.” No “Samba da bênção” Vinicius
brinca com o paradoxo entre tristeza e felicidade, evocando toda sua
tristeza para fazer seu bom e eterno samba. E quanta coisa boa surgiu da
tristeza, não? Vinicius de Moraes e W.B Yeats (e tantos outros) que o
digam. E quanto a mim, quero mais é ficar triste!
Down by the salley gardens my love and I did meet;
She passed the salley gardens with little snow-white feet.
She bid me take love easy, as the leaves grow on the tree;
But I, being young and foolish, with her would not agree.
In a field by the river my love and I did stand,
And on my leaning shoulder she laid her snow-white hand.
She bid me take life easy, as the grass grows on the weirs;
But I was young and foolish, and now am full of tears.
She passed the salley gardens with little snow-white feet.
She bid me take love easy, as the leaves grow on the tree;
But I, being young and foolish, with her would not agree.
In a field by the river my love and I did stand,
And on my leaning shoulder she laid her snow-white hand.
She bid me take life easy, as the grass grows on the weirs;
But I was young and foolish, and now am full of tears.
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13 de agosto de 2012
"Eu queria decifrar as coisas que são importantes. Queria entender
do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos
atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações
estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso por direito, e não
sabe, não sabe, não sabe.!"
Guimarães Rosa - Grande Sertão Veredas
6 de agosto de 2012
"Da felicidade
Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!" (Mário Quintana)
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!" (Mário Quintana)
Que a felicidade se faça presente essa semana.. que apareça no sol, na chuva, na neblina. Na família, nos amigos, nos colegas de trabalho. Que caminhe ao lado da gente ou que sente ao nosso lado no ônibus. Para essa semana, eu desejo felicidade.
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