30 de julho de 2011

Trecho do fabuloso emocionante visceral BLECAUTE de Marcelo Rubens Paiva

Não fico mais aflito por saber que nada sei. O que é? De quê? De onde veio? São perguntas cujas respostas não me interessam. O tempo não precisa ser medido; essa frase tem ficado muito tempo na minha cabeça. Não existe diferença entre verdade e mentira, nem a possibilidade de encontrar o bem e o mal; não sei por que catso comecei a pensar nisso. Há muito não dou uma risada, nem choro. As palavras não significam nada. Meu corpo se curvou para a frente, desiludido. Não consigo entender o sentido da minha vida. Não consigo entender nada. E isso não me comove mais. Os homens fizeram a sua própria história, mas não imaginaram onde iriam desembocar. No princípio, o Céu e a Terra eram fenômenos divinos; e só. Em seguida, a Razão, a Ciência encontraram teorias que os definissem. A luta da humanidade era explicar o inexplicável. Hoje... meu corpo se curvou para a frente, desiludido. Dane-se! Me lembro de uma música que falava "Tudo, tudo, tudo vai dar certo..." e acho engraçado. Nada deu certo. Já me falaram de uma nova Era. Já me falaram do universo em expansão. Mas nada deu certo. Nada.

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